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Aos P​é​s do Cosmos

by Lucas Zolini

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1.
A gente sabe como essa vida vêm e vai Que nessa vida tudo passa bem Eu canto até passar Agente sabe aonde a estrada vai levar Nessa história não existe lei Eu canto até chegar iaraiáraiá E deixa o sol raiar E haverá vitória iaraiáraiá Aguenta sob as luzes das estrelas Sob as luzes Aguenta que o sol chega já Eu vejo uma cidade morta Eu vejo em cada canto o amor assassinado A mentira dando as cartas do baralho O tráfego de luzes na avenida girando sem parar Eu guio o cego até o rio Pela madrugada que cai do abismo A fonte feitiço do fictício O tráfego de luzes na avenida girando sem parar Pobre filho de Gaia Pobre filho de Gaia Abram os olhos juventude sem poder Abram os olhos do coração agora Abram os olhos juventude Onde houver consciência haverá amor Onde houver consciência haverá amor.
2.
Um dia tava ele e o amigo lá no bar Já ia pedindo outra rodada E depois dessa não parava de falar Subiu na mesa e começou a discursar Ele gostava de lembrar o que o pai dizia De vez em quando inventava uma mentira Voltou pra casa com a ajuda do amigo Pagou uma garrafa de cachaça pros mendigo Chegando em casa o amigo até esperou ele entrar E só dormiu umas duas horas De manhã cedo foi correndo trabalhar E no caminho ganhou multa pra pagar E no trabalho ficou puto com o patrão Que diz que a história é sempre a mesma E que não pode nem virar as costas Que trabalha com conhaque na cabeça Passando a noite no trabalho até o dia raiar E foi descendo a ladeira Dava um segundo pro mundo levantar E ele pensando em ir pra casa descansar Ele gostava de falar de poesia E o cigarro era quase uma mania Era irmão e escravo do veneno Do segundo que escorre e não dá tempo Chegando em casa ainda foi pegar outro busão Pra ir na casa da Cecília Era uma tia de vagina de aluguel Era uma dona que cumpria o seu papel Em uma sociedade em preto e branco De uma mágica produto de um encanto E ele só dizia ao amor Sangramento de euforia.
3.
Pensando sobre a história de um rapaz, que se perdeu da razão num canto Que rondava os velhos trilhos do metrô, onde o Sol o deixou aos lobos Dizia que é como se o tempo do mundo varresse um segundo em dois Que é como se o Sol que ele sente queimasse sem que se brotasse uma flor Dizia sorrindo pra Lua que os versos da vida são feitos de dor E se perdia em longas estradas marcadas de perdas que Deus lhe tirou E se perguntava aonde vai parar Seguindo com as pernas contra mão, numa estrada de fé e lama Pairando entre a cidade e o céu, realidade e o véu do sonho E se pegava vagando sozinho no escuro, num túnel sob a construção Vagando sentindo e dançando com as flores num canto sobre redenção Sentado nas pedras, parado, julgado por não conseguir mais viver Entregue aos braços da terra, pensando, diz que é pra tentar se entender Se perguntando aonde vai parar Pensando sobre a história de um rapaz que se perdeu numa canção.
4.
Lava o rosto na lama do pecado e diz que o mundo desandou Joga o corpo do topo do penhasco e diz se o mundo terminou Quem diz, ninguém explica Quem sabe o que é melhor pra mim Eu não sei de nada, já perdi, tanto tempo descendo As escadas da morte Purificaçao da alma e do corpo de um vivo O cessar do sofrimento é o maior dos pedidos Na carta de deus, na carta do diabo Quem sabe o ritual, o lar da alma, a verdade do cosmos A fonte A fonte
5.
Não há um sentido no mundo que pode quebrar o que eu sinto Só uma promessa vazia vai revelar o que eu digo Agora pode entender as flores enraizadas no ser Eu venho pra te dizer que o tempo morre por morrer Como eu morro por você Não há caminho futuro, não há resposta onde eu vivo Não há segredo na vida, apenas o nosso entulho A mente apaga o Sol, seu jeito me lembra que é igual O vento e o temporal, suspeito que nada é natural Te conto no final Quanto vale a dor, se tudo vale, não fui quem eu sou Vim pra renascer, tudo vale, eu morro por você Eu morro por você, eu morro por você Como eu morro por você
6.
Ave Azul 03:00
Desentendido, como a vida é sem sentido Como as máscaras vão caindo, aos olhos do Sol, no fundo do rio Na vida se aprende assim, um caminho deserto As ondas falam por mim, como um tiro direto No coração daquele que abriu as mãos Uma ave azul que voa sem direção Descontraído como um sopro embaça o vidro Como o vento sopra os ouvidos Sou um com o Sol, um com o rio A brisa sobre mim, os sentidos no ar Desliza a minha dor, numa prancha no mar Um leve empurrão, o vento me solta as mãos Uma ave azul na beira da construção
7.
Rosa Viva 03:53
Vejo os passos dessa estrada escondida, vi o caminho que me fez voltar Nessa estrada não se levam as malas, dizia o rio voltando pro mar Nessa estrada o que cabe é a voz e o enredo Caminhando de volta ao começo da história Ouço a ventania trazer a novidade, ouço a voz da vida nascer, nascer e nascer Vejo as nuvens não se iludem ,todas mudas, sobre as ilhas parecem cantar Vejo as luzes na cidade, nunca é tarde, e com a lua se tocam no ar Nessas ondas de afrontas a fonte é o mar vermelho Caminhando de volta com a humanidade Deixa a ventania trazer e como um parto Deixa a voz da vida nascer, nascer e nascer Rosa viva, rosa viva, rosa viva, laraia laraia Rosa viva, rosa viva, rosa viva, laraia laraia.
8.
Eles não diziam nada, chuva vêm e vai de Deus Eu era um só numa cruzada, indo de encontro aos passos seus Eu era um só, com o resto do mundo E eu bem que sabia que cedo ou tarde eu te descobriria Por suas margens negras, enquanto andávamos sós Andando em suas margens negras, enquanto andávamos sós Eu não te esqueço nunca mais, enquanto andas nos jardins do cosmos A existir Quantas voltas deu o Sol, antes de um novo planeta Atravessar o céu como uma nova estrela Era hora de sentir, a imensidão de onde viemos De investigar o espaço e o tempo A imensidão do universo Por suas margens negras, enquanto andávamos sós Andando em suas margens negras, enquanto andávamos sós.
9.
Limoeiro 03:26
Na minha jangada sou marinheiro O sol da minha mente vem brilhando pelo dia inteiro E chove em mim, a vida é muito curta A gente se vê, em um barco a vela O vento que me leva é o mesmo que te derrubou Segura em mim, onda que quebra Desfaz nosso laço, vento venta forte, leva embora aquilo que eu não sou Flores com espinhos causam dor, são espelhos da impureza Subindo as montanhas acima do mar Na minha memória sou matrimônio do passado unido Sou como a história de um futuro que é desconhecido Sou a planta da sua mão, o gatilho da sua certeza Sonho meu, escorregando nas ideias de Deus O que passa em mim, é a natureza aquela que guia e vai te consolar sou marinheiro na jangada rumo ao caos da mente vida quevi faz chorar, a vida que vi tem lampejos dias claros e tempos escuros vida que vi faz pensar, da um passo primeiro no segundo vai mostrar pro mundo que o mundo é feito pra amar, vida que me faz cantar a Terra é um limoeiro e na vida somos todos irmãos vida que me faz cantar, mundo que é feito pra amar vida que me faz cantar.

about

Lucas Zolini é um músico e compositor de Belo Horizonte, aos dez anos já arranhava composições no violão, em meio a vários anos se dedicando entre tocar em bandas e compor, passou por várias bandas, como baixista, guitarrista, e vocalista, mantendo sempre a cabeça em suas composições que sempre foi o que mais lhe satisfazia e acreditava.

Aos vinte e sete anos chega para lançar o álbum Aos pés do cosmos, com a produtora independente, Esconderijo Underground Records, á partir de uma seleção entre várias de suas composições, com uma pegada alternativa e temas místicos Lucas Zolini se mostra um compositor e artista diferente da cena atual.

credits

released January 25, 2019

Lucas Zoni

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Esconderijo Underground Praia De Leste, Brazil

The Esconderijo Underground Records is an independent musical label that believes in God, the truth of the DIY and the possibilities of Lo-Fi.

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